O que é Hérnia de Disco? Sintomas, Causas e Tratamentos Atuais
- Marcus Trancoso
- 31 de ago.
- 3 min de leitura
A hérnia de disco é uma das condições mais comuns que afetam a coluna vertebral, sendo responsável por boa parte das queixas de dor lombar e cervical. Estudos apontam que cerca de 80% da população mundial terá dor lombar em algum momento da vida, e a hérnia de disco é uma das principais causas quando essa dor se torna persistente【1】.
O que é Hérnia de Disco?
Entre cada vértebra da coluna, existem os discos intervertebrais, estruturas que funcionam como amortecedores. Eles são formados por um núcleo gelatinoso (núcleo pulposo) e uma camada mais resistente ao redor (ânulo fibroso).
A hérnia de disco ocorre quando esse núcleo escapa através de uma fissura no ânulo, podendo comprimir raízes nervosas ou a medula, gerando dor e outros sintomas.
👉 A região lombar é a mais afetada (L4-L5 e L5-S1), seguida pela cervical.
Sintomas da Hérnia de Disco
Os sintomas variam de acordo com a localização da hérnia e o grau de compressão nervosa:
Dor localizada na lombar ou cervical.
Dor irradiada (ciatalgia no caso da lombar ou braquialgia no caso da cervical).
Formigamento ou dormência nos braços ou pernas.
Fraqueza muscular nos membros inferiores ou superiores.
Em casos graves: perda de controle urinário ou fecal (sinal de emergência, conhecido como síndrome da cauda equina).
📊 Segundo a American Association of Neurological Surgeons, até 90% dos pacientes apresentam melhora significativa dos sintomas sem necessidade de cirurgia【2】.
Causas da Hérnia de Disco
Diversos fatores podem contribuir para o desgaste e eventual ruptura do disco intervertebral:
Envelhecimento natural (degeneração discal).
Má postura prolongada.
Sedentarismo.
Levantamento incorreto de peso.
Traumas na coluna.
Predisposição genética.
Um estudo publicado no Journal of Orthopaedic Surgery and Research (2020) mostrou que fatores de estilo de vida, como tabagismo e obesidade, aumentam significativamente o risco de degeneração discal【3】.
Tratamentos Atuais para Hérnia de Disco
O tratamento depende da intensidade dos sintomas e da resposta individual. Hoje, os recursos incluem:
1. Tratamento Conservador (não cirúrgico)
Fisioterapia especializada: técnicas como terapia manual, exercícios de fortalecimento, pilates clínico e recursos analgésicos (laser, eletroterapia, dry needling, ventosaterapia).
Medicações: analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares.
Bloqueios anestésicos em casos de dor intensa.
Mudanças no estilo de vida: exercícios regulares, emagrecimento, correção postural.
2. Tratamento Cirúrgico
Indicado em menos de 10% dos casos, quando há falha do tratamento conservador ou sinais graves (déficit neurológico progressivo).As técnicas mais usadas são:
Microdiscectomia (retirada da parte herniada do disco).
Artroplastia discal (prótese de disco em casos selecionados).
Estudos recentes mostram que, mesmo após cirurgia, a reabilitação fisioterapêutica é essencial para prevenir recidivas【4】.
Conclusão
A hérnia de disco não é uma sentença de dor eterna. Hoje, graças aos avanços da fisioterapia e às técnicas minimamente invasivas, a maioria dos pacientes consegue voltar às suas atividades sem cirurgia.
Se você sente dores persistentes na coluna, procure avaliação com um fisioterapeuta ou médico especialista. O tratamento precoce aumenta as chances de recuperação e evita complicações.
📚 Referências:
Maher C, et al. Lancet. 2017;389(10070):736–747.
American Association of Neurological Surgeons. Herniated Disc. 2022.
Hangai M, et al. J Orthop Surg Res. 2020;15:178.
Kreiner DS, et al. Spine J. 2014;14(1):180–191.
A abordagem dos sintomas da hérnia de disco requer uma compreensão abrangente, pois eles podem variar em intensidade e manifestação. A busca por orientação profissional é essencial para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado. O fisioterapeuta é fundamental na sua recuperação, pois é o profissional habilitado para investigar, orientar e tratar.
Nós podemos ajudar com a nossa prática, respaldados cientificamente, desde o embasamento sistêmico até a queixa no local comprometido.
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Um grande abraço Dr. Marcus Trancoso e Drª. Aline Zudio.
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